novembro 22, 2014

Troca de experiências na cadeia do caju

sábado, 22 de novembro de 2014

Beberibe: Troca de experiências na cadeia do caju


Beberibe. Termina hoje a 11ª edição do Caju Nordeste, evento que vem sendo realizado desde o último dia 19, na cidade de Beberibe, localizada na região de Cascavel, distante a 78 Km de Fortaleza.

O encontro é regional e objetiva beneficiar produtores de caju nos polos produtores da Região Nordeste, especialmente dos Estados do Ceará, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte, tendo como foco o polo cajucultor de Beberibe e de municípios circunvizinhos. A novidade trazida na edição deste ano foi a máquina de corte automático da castanha de caju.

A cortadeira representa uma inovação para a cadeia produtiva do caju na região. Ela realiza o corte semiautomático da castanha e permite o aumento na produtividade, redução dos custos do beneficiamento das castanhas e melhorias nas condições de trabalho, evitando o esforço repetitivo dos trabalhadores e o contato direto das mãos destes com o líquido da castanha de caju, que é corrosivo.

A máquina é de produção brasileira e foi desenhada pela Central de Cooperativas de Cajucultures do Piauí (Cocajupi), juntamente com a Usinagem Santo Antônio, empresa sediada na cidade piauiense de Picos. A cortadeira tem capacidade de produção de até uma tonelada de castanha e é indicada para o cajueiro de espécie anão precoce. O equipamento foi adquirido com investimento social de R$ 44,5 mil da Fundação Banco do Brasil.

A máquina ficou exposta na Feira do Caju, um pavilhão com 60 estandes, em que foram expostos, demonstrados e comercializados produtos, serviços, máquinas e equipamentos relacionados com a cultura do caju. Também houve mesas redondas, mini-cursos, palestras e uma reunião da Câmara Setorial da Cajucultura.

Outro momento grande do evento foi a entrega do troféu Caju de Ouro, destinado a agricultores, empreendedores agroindustriais, técnicos, pesquisadores e políticos e às empresas e instituições públicas e privadas que se destacaram na realização de ações em prol do desenvolvimento da cajucultura.

Entre os homenageados esteve o Instituto Centec, em reconhecimento apoio prestado por meio dos professores e alunos das Faculdades de Tecnologia Centec (Fatec) Cariri, de Juazeiro do Norte; e Sertão Central, de Quixeramobim. A homenagem foi entregue ao presidente da Instituição, Francisco Ferrer.

Para o presidente da Câmara Setorial da Cajucultura, Alderito Oliveira, a cadeira produtiva do caju no Nordeste tem enfrentado grandes dificuldades e isso foi um dos temas debatidos durante o evento.

Entre os problemas apontados pelo presidente estão a baixa produtividade em decorrência da antiguidade de algumas árvores, o que consequentemente tem sua produção diminuída gerando desestímulo dos produtores; a seca, que tem acentuado um problema na produção e a falta de governança, no que tange à organização dos produtores, tendo apenas o Ceará e o Piauí algum incentivo por parte dos governos Estaduais.

"É isso que estamos buscando, uniformizar as políticas de apoio à cadeia produtiva da cajucultura no Nordeste", ressaltou.

Ellen Freitas
Colaboradora